• Home »
  • Últimas »
  • Confiança do consumidor no Brasil permanece estável no último trimestre de 2016

Confiança do consumidor no Brasil permanece estável no último trimestre de 2016

A mais recente Pesquisa Global da Nielsen sobre Confiança do Consumidor, que mede a percepção de perspectivas de empregos locais, finanças pessoais e intenções imediatas de gastos, aponta que no quarto trimestre de 2016 o Brasil ampliou em um ponto o índice de confiança do consumidor, indo a 85. Esse resultado mantém o patamar conquistado na última medição trimestral, quando o país rompeu dois anos de queda com um expressivo aumento de 10 pontos. Ainda que o resultado indique uma recuperação de confiança ao longo do ano, segue abaixo da linha de otimismo do índice da Nielsen.

* Níveis de índice acima e abaixo de 100 indica o grau de otimismo / pessimismo.

“No 4º trimestre, o Índice de Confiança do Consumidor no Brasil manteve uma tendência de crescimento, embora apresentando avanços a um ritmo menor. Os indicadores macroeconômicos continuam a melhorar no país, principalmente com o declínio da inflação e das taxas de juros. Contudo, como o desemprego vai permanecer em um patamar alto em 2017, esperamos que o crescimento sustentável do mercado de consumo seja gradual. Continuamos otimistas com a recuperação econômica e ansiamos que os níveis gerais de consumo melhorem na segunda metade do ano”, comenta Luis Arjona, Managing Director da Nielsen Brasil.

Segundo o estudo, 91% dos entrevistados on-line acreditam que o país está em uma recessão econômica (vs. 92% Q3) neste momento e 54% pensa que a situação permanecerá assim nos próximos 12 meses (vs. 48% Q3), reflexo de um entorno político e econômico ainda oscilante. Em relação às oportunidades de emprego, quase metade dos brasileiros da pesquisa, 47%, pensa que não vão estar tão boas a média prazo (vs. 48% Q3). No entanto, 62% considera que o estado de suas finanças pessoais pode melhor durante o mesmo período (vs. 63% Q3).

BRASILEIROS: MAIS CONSERVADORES E PLANEJADOS NA HORA DE GASTAR – Como o planejamento de compra está cada vez mais presente na rotina do consumidor brasileiro, 87% dos respondentes alegaram que mudaram seus gastos para economizar em despesas domésticas e 42% entende que este não é um momento tão bom para comprar coisas que querem ou necessitam (vs. 41% Q3).

Depois de cobrir os gastos essenciais, as principais prioridades para utilizar o dinheiro excedente são entretenimento fora do lar (38%), pagamento de dívidas, cartões de crédito e empréstimos (37%) e roupas novas (28%). Na medida em que as condições econômicas melhorarem, 43% pretende continuar economizando em gás e eletricidade, 29% cortando despesas com telefone e 25% comprando menos roupa nova.

Quando questionados sobre quais são as suas principais preocupações nos próximos seis meses, a economia (38%) e a saúde (23%) ocupam os dois primeiros lugares do ranking dos entrevistados, assim como foi no trimestre anterior. O aumento dos preços dos alimentos sai do terceiro lugar, dando espaço para o aumento nas contas domésticas (21%).A criminalidade e a estabilidade política também aparecem logo em seguida na lista.

CONFIANÇA NA AMÉRICA LATINA – Após um terceiro trimestre positivo, a confiança do consumidor na América Latina se manteve estável no quarto, com 83 pontos. Dos sete mercados latino-americanos medidos, o Peru continuou liderando o índice (96), mesmo com queda de 8 pontos em relação ao período anterior, seguido pela Colômbia (90), México (86), Brasil (85) e Chile (78). Argentinos e venezuelanos continuam sendo os consumidores com menos confiança, apresentando as pontuações mais baixas, 75 e 57 respectivamente, ainda que no caso da Argentina tenha se observado crescimento de dois pontos.

Regionalmente, as maiores preocupações dos latino-americanos não mostraram grandes variações. Para os entrevistados on-line, a economia de seus países ainda ocupa o primeiro lugar(35%), seguida da estabilidade no emprego (24%) e criminalidade (24%). Outras preocupações relevantes são a saúde (17%) e um possível incremento nos preços dos alimentos (17%).

Depois de cobrir os gastos essenciais, a maioria dos países da região, como México, Colômbia, Chile e Argentina, tem como prioridade colocar o dinheiro excedente na poupança. O Brasil destoa desta estatística, já que poupar aparece apenas na sétima posição.

Sobre a pesquisa – A Pesquisa Global da Nielsen sobre a Confiança do Consumidor e as Intenções de Gastos foi realizada entre 31 de outubro a 18 de novembro de 2016, e consultou mais de 30.000 consumidores on-line em 63 países distribuídos pela Ásia Pacífico, Europa, América Latina, Oriente Médio e África, e América do Norte. A amostra inclui usuários de Internet que concordaram em participar da pesquisa e tem quotas com base em idade e sexo para cada país. Foi ponderada para ser representativa dos consumidores da Internet por país. Pelo fato da amostra estar baseada naqueles que concordaram em participar, não é possível calcular estimativas de erros teóricos de amostragem. Entretanto, uma amostra de probabilidade de tamanho equivalente teria uma margem de erro de ±0,6% em âmbito global. Esta pesquisa Nielsen está baseada apenas no comportamento de entrevistados com acesso à Internet. As taxas de penetração de Internet variam conforme o país. A Nielsen utiliza um padrão de apresentação de relatório mínimo de 60% de penetração de Internet ou uma população on-line de 10 milhões para inclusão de pesquisa. O Índice de Confiança do Consumidor da China é compilado a partir de uma pesquisa distinta de metodologia mista, entre 3.500 entrevistados na China. Os países africanos subsaarianos neste estudo são compilados a partir de uma pesquisa distinta de metodologia móvel, entre 1.600 entrevistados em Gana, Quênia e Nigéria. A Pesquisa Global Nielsen, que inclui o Índice de Confiança do Consumidor Global, foi estabelecida em 2005.

Copyright ©2017 The Nielsen Company (US), LLC. All rights reserved. Confidential and Proprietary